Secretário de Estado da Saúde fala da insustentabilidade do SNS

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, os portugueses têm a obrigação de contribuir para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) através da prevenção de doenças e da diminuição da utilização destes serviços.
“Temos uma enorme margem potencial de poupança que está muito nas mãos dos cidadãos”, declara o secretário de Estado. “Se nós, cada um dos cidadãos, não fizermos qualquer coisa para reduzir o potencial de um dia sermos doentes, por mais impostos que possamos cobrar aos cidadãos, o SNS será, mais tarde ou mais cedo, insustentável”, afirmou ainda à agência Lusa.
O secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde também declara que cobrar impostos não é o suficiente e é necessário que os portugueses adotem uma postura de prevenção de doenças para que não necessitem de recorrer ao SNS com tanta frequência. O Secretário de Estado adjunto garante ainda que a manutenção do SNS é indiscutível para o governo.
“Numa altura em que temos uma elevadíssima carga fiscal que nos é imposta pela necessidade de manter os serviços públicos, é importante que a sustentabilidade do SNS comece a ser encarada como obrigação de cada um de nós”, adverte.
Os problemas de saúde relacionados com tabaco, diabetes tipo 2 (uma doença que pode ser prevenida) e com o álcool custam anualmente ao Estado 800 milhões de euros. Os problemas advindos do tabaco representam a maioria deste dispêndio, com 500 milhões de euros, seguindo-se o álcool com 200 milhões e finalmente a diabetes tipo 2, que custa ao Estado 100 milhões de euros só em medicamentos.
O Ministério da Saúde irá, para o efeito da prevenção de problemas de saúde, promover campanhas. Para o público mais jovem haverá, em conjunto com o Ministério da Educação e as associações de pais, uma campanha nacional nas escolas para alertar contra os malefícios do tabaco, do álcool e das novas drogas, que são objeto de preocupação das autoridades e dos educadores.
Relativamente ao álcool, o Governo irá apresentar legislação que limita a venda de bebidas alcoólicas a maiores de 18 anos e que limita a sua comercialização em bombas de gasolina ou lojas de conveniência durante o período noturno.
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