Estudo publicado no PNAS

Uma variante de um gene associado à obesidade, que está presente em mais de um terço da população norte-americana, parece reduzir o volume do cérebro, aponta um estudo publicado na revista “PNAS” (Proceedings of the National Academy of Sciences).
Em comunicado enviado à imprensa, os investigadores da University of California afirmaram que pessoas com uma variante específica do gene FTO apresentam deficits cerebrais que as podem deixar mais vulneráveis à doença degenerativa.
No trabalho, foram comparadas TAC (Tomografia Axial Computorizada) realizadas ao cérebro de 206 pessoas com idades entre os 55 e os 90 anos.
Verificou-se que os portadores de uma determinada variante do gene tinham, em média, menos 8% de tecido nos lóbulos frontais e menos 12% de volume nos lóbulos occipitais do cérebro, e o cérebro aparentava, em média, mais 16 anos do que aqueles que não apresentavam a variante do FTO. Também foi constatado que quem tinha esta variante genética apresentava um perímetro abdominal superior.
Segundo a equipa, liderada por Paul Thompson, os resultados demonstram ser ainda mais importante que as pessoas portadoras do gene FTO tenham uma dieta saudável – pobre em gorduras – e façam exercício físico regularmente, de modo a contrariarem a predisposição genética para as duas condições.
O líder da investigação refere ainda que, visto esta mutação genética ser prevalente num elevado número de pessoas, devem ser realizados mais estudos que forneçam mais dados para a elaboração de fármacos que alterem estes efeitos no cérebro.
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