Estudo apresentado no 3.º Congresso Português do Cancro do Pulmão
Em Portugal a introdução de medicamentos inovadores para o cancro pode demorar entre 235 dias e três anos, em casos extremos. A conclusão é de um estudo europeu do Instituto Karolinska, da Suécia, apresentado na semana passada durante o 3.º Congresso Português do Cancro do Pulmão, em Albufeira.
O estudo, que compara o panorama no tratamento do cancro em 20 países europeus, sublinha o atraso português na aprovação de medicamentos inovadores para o tratamento desta doença. A demora no processo de comparticipação é apontada, pelos autores, como "um motivo de grande atraso e uma barreira no acesso dos doentes aos novos medicamentos". É que, em Portugal, a utilização de novos medicamentos pelos hospitais do Serviço Nacional de Saúde carece de avaliação prévia do INFARMED relativamente à sua eficácia e preço.
Reagindo às acusações feitas pelo grupo de estudos, o INFARMED garantiu pela imprensa que nenhum doente que tenha necessitado de um medicamento que não esteja no mercado nacional deixa de ter essa medicação desde que o médico tenha transmitido essa informação ao conselho de administração do hospital e este tenha solicitado a sua aquisição ao estrangeiro.
Fontes: Diário de Notícias e Correio da Manhã
ALERT Life Sciences Computing, S.A.
