Medicamento mais duradouro para penetrar no tumor pancreático
Estudo publicado na revista “Clinical Cancer Research”
28 agosto 2019

Uma equipa da Faculdade Vagelos de Médicos e Cirurgiões da Universidade de Columbia, EUA, descobriu um novo método de combate ao cancro do pâncreas.
Uma das razões que tornam o cancro do pâncreas tão difícil de tratar e tão letal é o facto de este criar uma camada grossa de tecido que endurece e forma um escudo à volta do tumor, a que se chama estroma.
Os tratamentos atuais não chegam a atuar, pois não conseguem penetrar esta camada em quantidade suficiente e atingir as células tumorais. Kenneth Olive, professor e investigador, explica que “para um medicamento para o cancro do pâncreas ser eficaz necessita de permanecer tempo suficiente para penetrar o estroma e acumular-se no tumor. Contudo, para uma permanência grande no sangue então não pode ser tão tóxico para o resto do corpo”.
A equipa identificou o composto PTC596 como uma boa opção por ser duradouro, conseguir evitar os mecanismos tumorais que expulsam a medicação e já ter demonstrado bons resultados em humanos e ratos.
Os investigadores experimentaram em ratos com tumor agressivo no pâncreas uma combinação de PTC596 com gemcitabina, o que resultou num prolongamento de vida de 3 meses, em relação aos ratos sem este tratamento. De seguida adicionaram a esta combinação mais um fármaco, o nab-paclitaxel, já usado no tratamento do cancro em humanos. Os resultados desta última combinação foram ainda melhores, com os tumores a encolherem.
A equipa de Olive descobriu que a PTC596 bloqueia a formação de microtubos, uma rede de proteínas associada à divisão e transporte de nutrientes dentro da célula e que atua sinergicamente com o nab-paclitaxel, outro inibidor de microtubos.
ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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