Estudo da Université de Montréal
Um estudo canadiano revela que é entre o primeiro e o quarto ano de vida que se verifica o maior índice de agressividade nas crianças, antes de estarem expostas a factores como a violência televisiva.
A investigação, liderada por Richard Tremblay, da Université de Montréal, contradiz a crença geral que aponta a adolescência como a altura em que as crianças são mais agressivas.
O estudo incidiu na forma como a interacção da genética com os factores ambientais contribuem para desencadear comportamentos agressivos ou anti-sociais.
Tremblay descobriu que aos 17 meses de idade metade das variações nas respostas agressivas das crianças estavam directamente relacionadas com factores genéticos e que a violência diminui à medida que as crianças crescem, que o seu cérebro amadurece e aprendem a controlar o seu comportamento.
"Os nossos estudos demonstram ser essencial ensinar as crianças, durante os primeiros anos de vida, a reprimir os comportamentos violentos", afirma Tremblay, realçando que a idade pré-escolar é a etapa-chave para entender a aparição e posterior desenvolvimento de comportamentos violentos no ser humano.
A investigação de Tremblay partiu dos estudos de Michael Meaney, que pela primeira vez demonstrou a relação directa entre os cuidados maternos e as alterações na programação epigenética, o ramo da biologia molecular que estuda como os estilos de vida actuam sobre os genes.
Fontes: Lusa e Imprensa Internacional
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