O que é?
Embora na maioria das infecções que comprometem o aparelho respiratório superior haja algum atingimento da faringe, pode existir um quadro de inflamação só da faringe ou só das amígdalas ou mais frequentemente de amigdalofaringite.
Qual a frequência?
Esta é uma doença rara no primeiro ano de vida, aumentando posteriormente a sua incidência até um pico máximo entre os 4 e os 7 anos.
Quais as causas?
Na maior parte dos casos os agentes infecciosos são vírus (adenovírus, influenza, parainfluenza, Epstein-Barr, etc.). A bactéria mais vezes implicada na amigdalofaringite aguda é o chamado Estreptococo b hemolítico do grupo A, que mesmo assim representa apenas cerca de 15% dos casos.
Como se manifesta?
Muitas vezes torna-se, no entanto, difícil saber se estamos perante uma infecção vírica ou bacteriana, pois muitos dos sintomas são semelhantes. Geralmente no primeiro caso o início costuma ser gradual e as manifestações são menos exuberantes, havendo muitas vezes outras queixas associadas como pingo, rouquidão, tosse e conjuntivite (olhos vermelhos). A amigdalofaringite bacteriana, mais frequentemente estreptocócica surge geralmente em crianças acima dos 3 anos, com febre muitas vezes elevada (40º), mal-estar e dor de garganta, sendo também a dor abdominal uma queixa comum. Normalmente a amigdalofaringite de causa vírica não tem complicações, embora possa surgir otite média aguda (OMA). Se a infecção for estreptocócica as complicações podem ser piores, nomeadamente o abcesso periamigdalino, também a OMA, febre reumática ou raramente meningite.
Qual o tratamento?
O tratamento destas situações difere no que respeita à administração de antibiótico nos casos de causa bacteriana, sendo a penicilina o fármaco de eleição, pois para além de encurtar a duração da doença também evita o desenvolvimento de febre reumática; o restante tratamento é semelhante e consiste essencialmente na hidratação da criança, devendo-se oferecer líquidos à vontade e no alívio da dor e da febre com paracetamol. De uma forma geral as indicações para amigdalectomia (remoção cirúrgica das amígdalas) são infecções recorrentes resistentes ao tratamento médico, obstrução grave ou suspeita de neoplasia (tumor).